No último domingo pela copa FNF, houve um equívoco por parte da arbitragem na partida entre ABC x Alecrim, em uma não marcação de penalti a favor da equipe do Ninho do Periquito.
A imprensa, dirigentes e torcedores criticaram muito a arbitragem pelo erro pontual, onde a equipe fez uma excelente trabalho de arbitragem durante todo o jogo.
Já Pela Copa do Nordeste, na última quarta-feira (29.01), o trio de arbitragem do Rio Grande do Norte, que na equipe participava um dos assistentes que atuou da partida em Natal, mostra o quão bem preparada a arbitragem do RN se encontra.
O assistente Número 1 da partida, mostrou isso em um lance capital no jogo entre Guarany de Sobral e Sport Recife.
Veja o vídeo abaixo:
O lance em questão, sempre foi difícil mas, ano passado, com as alterações da regra, ficou mais complicado! Explico: Antigamente a regra dizia que qualquer jogador que fizesse movimentos ou gestos que atrapalhassem a visão do adversário quando estivessem em posição de impedimento deveriam ser punidos, ou seja, dificilmente o jogador não estaria impedido. Hoje, não! Esta parte do texto foi retirada e, nesta situação, para ser punido com impedimento um atleta deve atrapalhar CLARAMENTE a possibilidade do adversário jogar, ou seja, dificilmente o jogador estará impedido.
Pois bem, falando especificamente do árbitro assistente Luiz Carlos Câmara, árbitro do quadro CBF 1/RN, em lance polêmico no gol do Guarany aos 48 minutos do segundo tempo, lance do gol da vitória do time de Sobral.
O assistente percebeu que um jogador estava a frente mas, para levantar a bandeira, deveria ter certeza que o atleta estava claramente na frente do campo de atuação do zagueiro impedindo que ele jogasse ou disputasse a bola (o q não aconteceu, como mostra o vídeo) e, me parece óbvio, que na linha lateral ele não tem profundidade suficiente para afirmar tal fato.
Então, ficou convencionado que, nestes casos o assistente não deve levantar a bandeira mas também não deve correr para o meio (deve ficar parado como fez o Luiz Carlos Câmara). Quando há comunicação ele informa pelo microfone ao árbitro de sua dúvida através da palavra POSIÇÃO (ou algo que equivala), no caso, ele chamou o árbitro Leandro Saraiva para tirar sua dúvida. Ou seja, ele tem 50% da informação e o árbitro os outros 50%.
O árbitro que tomará a decisão final juntando a sua percepção do lance com a “meia informação” do assistente. Assim fez o Árbitro Potiguar Leandro Saraiva, tomando a decisão acertada e validando o gol.
O árbitro deve buscar um ângulo que lhe permita ver a jogada da maneira mais frontal possível, para ter a certeza da participação ou não do atleta em posição de impedimento. Mas, e a velocidade da jogada e suas prováveis variantes? Vocês perceberam a posição do árbitro em sua diagonal na meia lua? Como reagir tão rápido? Como percorrer em um segundo uma distância tão grande?
Essas perguntas eu mesmo respondo: com muito treinamento, com muito foco, com treinamentos diários, assim como a arbitragem do Rio Grande do Norte vem se preparando, em busca da excelência.
Esse lance é, sem dúvida, muito complicado para a arbitragem pois, meio metro para o lado, o atacante estaria interferindo no zagueiro e o gol seria irregular. É a exigência de uma precisão que dificilmente será alcançada, pelo menos por olhos humanos sem precisar ver depois pelas imagens da TV.
Esse mesmo tipo de lance ocorreu em outro jogo, também em Sobral, no ano passado, onde fiz o mesmo procedimento que o Luiz fez, fiquei parado e informei ao árbitro Ítalo que tinha um jogador em posição de impedimento. O Árbitro de pronto, anulou o gol, pois naquela ocasião o atacante interferiu no adversário. Atitude acertada pela equipe de arbitragem e registrada em relatório pelo observador Milton. A nossa arbitragem é qualificada e mostra isso todos os dias nos jogos em que atuamos.
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